Autópsia no corpo de Juliana Marins no IML do Rio quer esclarecer dúvidas deixadas no 1º exame, feito na Indonésia
02/07/2025
(Foto: Reprodução) Acompanhada por um agente federal, Polícia Civil fará o exame que tenta tirar dúvidas deixadas pela perícia feita na Indonésia, onde Juliana Marins morreu ao cair de uma trilha no Monte Rinjani. Pai de Juliana Marins diz que autoridades indonésias prometeram rever protocolos de parque onde publicitária morreu
O corpo da jovem Juliana Marins, que morreu depois de cair na trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, passa por uma nova autópsia nas primeiras horas desta quarta-feira (2) no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro.
Peritos da Polícias Civil farão o exame, com a presença de um representante da família e de um perito federal.
Parentes de Juliana conseguiram na Justiça Federal, com apoio da Defensoria Pública da União, a realização da nova autópsia.
O motivo, segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo pedido, é a “ausência de esclarecimento sobre a causa e o momento exato em que a vítima morreu” no laudo divulgado pela polícia indonésia após a autópsia realizada naquele país.
"Precisamos saber se a necropsia que ele fez foi bem feita, Me pareceu que o hospital não dispõe de tantos recursos assim", disse o pai de Juliana, Manoel Marins, em entrevista ao RJ2.
A Defensoria Pública da União também enviou um ofício pedindo que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o caso.
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A 1ª autópsia, em Bali
A 1ª autópsia foi realizada na quinta-feira (26) em um hospital de Bali, logo depois que o corpo foi retirado do Parque Nacional do Monte Rinjani.
De acordo com o exame, a brasileira morreu por causa de múltiplas fraturas e lesões internas, não sofreu hipotermia e sobreviveu por 20 minutos após um trauma – sem detalhar o dia deste trauma.
As informações foram passadas na sexta (27) pelo médico legista Ida Bagus Putu Alit, em uma entrevista coletiva no saguão do Hospital Bali Mandara.
“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos”, disse o médico.
A divulgação do exame foi criticada pela família de Juliana. Mariana Marins disse que a família foi chamada ao hospital, mas a coletiva de imprensa aconteceu antes.
“Caos e absurdo. Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo, mas, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico achou de bom tom dar uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo antes de falar para minha família. É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais”, afirmou Mariana.
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Manoel e a filha Juliana
Reprodução
Legistas não esclareceram em que dia Juliana Marins morreu
Reprodução/TV Globo